segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A última crônica - Fernando Sabino


"A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."

Crônica publicada no livro "A Companheira de viagem" (Editora Record, 1965)

Jorge Amado - 3º Ano


Jorge Amado ...

Amado por todos os baianos e brasileiros.
Que veracidade!
Que realidade exposta em tuas obras!

Bahia nunca retratada igual ... Sem exagero, sem omissão!

Quem já não ouviu falar em Jorge Amado? Grande jornalista, romancista e memorialista brasileiro, nascido na Bahia no ano de 1912. Começou sua trajetória como escritor na adolescência, escrevendo uma redação, onde foi muito elogiado. Após isso sofreu varias turbulências em sua vida como prisões por motivos políticos, mesmo já sendo um escritor conhecido foi acusado injustamente por atos não cometidos, mas incrível que nessas prisões, cada vez ele se estimulava a escrever seus romances literários impressionando os críticos que muitas vezes afirmavam que Jorge Amado não era um escritor e sim um explorador do exotismo da Bahia, já que suas obras literárias refletiam somente no estilo baiano, na sensualidade de seu cenário, no humor e na sensualidade de seus personagens, mas mesmo assim se tornou um dos romancistas mais lidos no Brasil e no mundo no século XX.
Foi um dos fundadores da Academia dos Rebeldes. Jorge Amado era um verdadeiro conhecedor da alma brasileira. As obras literárias de Jorge Amado foram adaptadas para o cinema, radio, programas de TV e teatro onde fizeram o maior sucesso, deixando personagens inesquecíveis como Tieta do Agreste, Gabriela interpretada por Sonia Braga, também tivemos Dona Flor e seus dois maridos, Tenda dos Milagres, Tocaia Grande dentre outros de seus romances, onde era explorada a beleza da mulher brasileira, atenção especial para cheiros e sabores locais, o carinho pelo povo pobre da Bahia, pelos poderosos, além de costumes e da cultura baiana.

Mais informações sobre Jorge Amado, acessem:

http://www.brasilescola.com/literatura/jorge-amado.htm
http://www.fundacaojorgeamado.com.br/
http://www.scribd.com/doc/7173508/Jorge-Amado-Tieta-Do-Agreste

Textos Parnasianos - 2º Ano


As poesias parnasianas são muito conhecidas por sua forma de seguir os métodos clássicos de composição poética, como uma reação ao Romantismo.
Dessa forma, é interessante observar que a "arte pela arte", divulgada pelos ideais parnasianos apresenta a impessoalidade e o universalismo como característica recorrente.

Mas, será que vocês ainda lembram das regras de escansão, de rima, classificação de versos etc, que foi estudado durante o 1º ano?

Então, só pra reforçar um pouco a memória de vocês e para que estudem para um exercício em breve, lá vai:

1. As estrofes podem ser classificadas em: Monóstico, Dístico, Terceto, Quarteto, Quintilha, Sextilha, Sétima, Oitava, Nona e Décima. 2. Os versos podem apresentarem-se como: Monossílabos, Dissílabos, Trissílabos, Tetrassílabos, Redondilha menor, Heróico quebrado, Redondilha maior, Octossílabos, Eneassílabos, Decassílabos, Hendecassílabos e Alexandrinos. 3. Rima (quanto a posição): Externa e Interna. 4. Sons: Consoantes e Assonantes. 5. Rima (palavras rimadas): Rima rara, Rica rica ou Rima pobre.
Mais informações nesse site, super interessante:

http://br.geocities.com/varga_o_bruxo/epoet.htm


Alguns textos parnasianos. Comente-os, galera!

Sesta de Nero

Fulge de luz banhado, esplêndido e suntuoso,
O palácio imperial de pórfiro luzente
É marmor da Lacônia. O teto caprichoso
Mostra em prata incrustado, o nácar de Oriente.

Nero no trono ebúrneo estende-se indolente
Gemas em profusão no estágulo custoso
De ouro bordado vêem-se. O olhar deslumbra, ardente
Da púrpura da Trácia o brilho esplendoroso.

Formosa ancila canta. A aurilavrada lira
Em suas mãos soluça. Os ares perfumando,
Arde a mirra da Arábia em recendente pira.

Formas quebram, dançando, escravas em coréia.
E Nero dorme e sonha, a fronte reclinando
Nos alvos seios nus da lúbrica Pompéia."

(Olavo Bilac)


Vaso Grego


Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de os deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas há de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se de antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.

(Alberto de Oliveira)

Mais informações sobre o Parnasianismo:
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/parnasianismo/parnasianismo.php

http://www.graudez.com.br/literatura/parnasianismo.html


Literatura de Informação - 1º ano


A LITERATURA DE INFORMAÇÃO

Durante o século XVI , sobretudo a partir da 2a. metade , as terras então recém-descobertas despertaram muito interesse nos europeus . Entre os comerciantes e militares , havia aqueles que vinham para conhecer e dar notícias sobre essas novas terras , como o escrivão Pero Vaz de Caminha.

Os textos produzidos eram , de modo geral , ufanistas¹ , exagerando as qualidades da terra , as possibilidades de negócios e a facilidade de enriquecimento . Alguns mais realistas deixavam transparecer as enormes dificuldades locais , como locomoção , transporte , comunicação e orientação .

O envolvimento emocional dos autores com os aspectos sociais e humanos da nova terra era praticamente nulo . E nem podia ser diferente , uma vez que esses autores não tinham qualquer conhecimento sobre a cultura dos povos silvícolas² . Parece ser inclusive exagerado considerar tais textos como produções literárias , mas a tradição crítica consagrou assim .

Seguem alguns trechos da famosa Carta que Pero Vaz de Caminha enviou ao Rei D. Manuel de Portugal , por ocasião da descoberta do Brasil .

"E neste dia , a hora de véspera , houvemos vista de terra , isto é principalmente d'um grande monte , mui alto e redondo , e d'outras serras mais baixas a sul dele de terra chã com grandes arvoredos , ao qual monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à Terra de Vera Cruz .

A feição deles é serem pardos , maneira d'avermelhados , de bons narizes , bem feitos . Andam nus , sem nenhuma cobertura , nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas . E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto .

Os outros dois , que o capitão teve nas naus , a quem deu o que já dito é , nunca aqui mais apareceram , de que tiro ser gente bestial e de pouco saber e por isso assim esquivos . Eles , porém , com tudo , andam muito bem curados e muito limpos e naquilo me aprece ainda mais que são como aves ou alimárias monteses que lhes faz o ar melhor pena e melhor cabelo que às mansas , porque os corpos seus são tão limpos e tão gordos e tão formosos , que não pode mais ser . E isto me fez presumir que não têm casas em moradas em que se acolham . E o ar , a que se criam , os faz tais . "


1. atitude ou posição tomada por determinados grupos que enaltecem o potencial brasileiro, suas belezas naturais, riquezas e potenciais.

2. índio, aborígene, habitante primitivo do país

domingo, 30 de agosto de 2009

Novo acordo ortográfico


As novas regras ortográficas já estão em vigor.
Se ligue para não sair em branco ...

Acesse esse link que você pode baixar as novas regras e estudar em casa mesmo:

http://educacao.ig.com.br/acordo_ortografico/

Ontem, pediram para eu ler esse texto. Fantástico! Compartilho com vocês e deixem seus comentários!

Lembrem-se que a leitura é o alimento da alma!

^^


FELICIDADE CLANDESTINA

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.

Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".

Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim um tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.

Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança de alegria: eu não vivia, nadava devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.

No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.

E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.

Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados.

Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!

E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura em pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser." Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importa. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.

Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.

Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.

Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.

(Clarice Lispector. In: "Felicidade Clandestina" - Ed. Rocco - Rio de Janeiro, 1998)

sábado, 29 de agosto de 2009

Reflexão


Colher no raro jardim, a flor ao seu lado,
Ser hoje chão alado
Sutilizar no futuro, dar força mesmo cansado.

(Helder Santos - professor)

http://www.escrevipravoce.blogspot.com/
Língua Portuguesa

6º Ano - Artigo

O artigo é a palavra variável em número e gênero que acompanha o substantivo.
É importante perceber que toda palavra precedida de artigo, torna-se um substantivo.

Definidos: o, a, os, as (definida)
Indefinidos: um, uma, uns, umas (genérica)

Questões de reflexão:

Por que variável?

7º Ano - Termos essenciais da Oração

São chamados de essenciais, pois são os mais importantes na construção de uma frase.
Dividem-se em sujeito (refere-se a um ser e nunca tem verbo) e predicado (diz algo sobre o ser, acompanhado de verbo).

Sujeito simples: apresenta um núcleo (representado por substantivo ou pronome)
Maria lavou os pratos.

Sujeito composto: apresenta mais de um núcleo.
Maria e José lavaram a calçada.

Sujeito desinencial: existe na oração, porém não está concretizado por palavras, e sim, pela desinência verbal.
Saí de casa cedo.

Quem saiu de casa cedo?
Eu - sujeito desinencial.

Sujeito Indeterminado: verbo na 3ª pessoa do plural, onde sabemos que a ação foi realizada por alguém, que não conseguimos identificar.
Saíram de casa.

Sujeito Inexistente: oração formada por verbos que indicam ação da natureza, verbo haver no sentido de existir entre outros.
Choveu muito ontem pela manhã.
Turmas de Literatura - importante ler:

http://www.brasilescola.com/literatura/para-que-serve-a-literatura.htm

Literatura Brasileira

1º ANO - Quinhentismo

O Quinhentismo acontece no Brasil de 1500 a 1601, portanto, século XVI. Esse é o período que corresponde às grandes navegações europeias e, posteriormente, a "descoberta do Brasil".
Essa literatura acontece no Brasil, porém não é genuinamente brasileira. São escritos portugueses que correspondem às impressões brasileiras. Costuma-se dividir tal período em:
a) Literatura informativa: presença marcante da Carta de Pero vaz de Caminha. Geralmente, são descrições sobre o Brasil e os índios sobre as condições do "quintal da casa" de Portugal.
b) Literatura dos Jesuítas: Pe. José de Anchieta é o principal representante. Faz parte da literatura jesuíta os Sermões e tom doutrinário e catequético. Tinha a função de divulgar o Cristianismo entre os índios, além do grande teor pedagógico e moral.

Leituras importantes:

Sermões, de Pe. José de Anchieta.
Carta, de Pero Vaz de Caminha.

2º Ano - Parnasianismo

O Parnasianismo é uma escola literária de reação aos modelos de prosa realisa e naturalista. Portanto, é um movimento predominantemente poético.
Surge na França, através de Theofile Gauthier, pregando a "arte pela arte".

Tipo ... É aquele tipo de poesia "certinha", apresentando características como:
o culto pela forma,
objetividade,
impessoalidade e
um tom superficial filosófico.

No Brasil, temos como principal representante Olavo Bilac.

O que acham desse trecho de Profissão de Fé?

E horas sem conta passo, mudo,
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo
O pensamento.

Porque o escrever – tanta perícia
Tanta requer,
Que ofício tal... nem há notícia
De outro qualquer.

Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por servir-te, Deusa serena,
Serena Forma!

Existem várias maneiras de fazer poesia. Não esqueçam que a poesia, em sua essência, vem da música. Se você gosta de música, com certeza, gostará também de poesia.

Conheça, leia antes de criticar!

Vale a pena visitar: http://www.curtapoesia.blogspot.com/

3º Ano - Jorge Amado

Os textos de Jorge Amado, escritor da 3ª fase modernista (prosa) representam a vez e a voz dos marginalizados, principalmente da Bahia.
Outro dia, lendo pela net, achei isso sobre a obra de Jorge Amado, bastante interessante:

Entrem aeh: http://www.brasilescola.com/literatura/tenda-dos-milagres.htm

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E lembrem-se: Quando tudo tiver difícil, o que é melhor a fazer?
Continue a nadar!

rsrsrsrs

Jp:)

Editorial ^^


Bom, fazendo este blog para auxiliar meus alunos em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Divirtam-se! Postem! Comentem! Aculturem-se!

^^

"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."
(Clarice Lispector)