As poesias parnasianas são muito conhecidas por sua forma de seguir os métodos clássicos de composição poética, como uma reação ao Romantismo.
Dessa forma, é interessante observar que a "arte pela arte", divulgada pelos ideais parnasianos apresenta a impessoalidade e o universalismo como característica recorrente.
Mas, será que vocês ainda lembram das regras de escansão, de rima, classificação de versos etc, que foi estudado durante o 1º ano?
Então, só pra reforçar um pouco a memória de vocês e para que estudem para um exercício em breve, lá vai:
1. As estrofes podem ser classificadas em: Monóstico, Dístico, Terceto, Quarteto, Quintilha, Sextilha, Sétima, Oitava, Nona e Décima. 2. Os versos podem apresentarem-se como: Monossílabos, Dissílabos, Trissílabos, Tetrassílabos, Redondilha menor, Heróico quebrado, Redondilha maior, Octossílabos, Eneassílabos, Decassílabos, Hendecassílabos e Alexandrinos. 3. Rima (quanto a posição): Externa e Interna. 4. Sons: Consoantes e Assonantes. 5. Rima (palavras rimadas): Rima rara, Rica rica ou Rima pobre.
Mais informações nesse site, super interessante:
http://br.geocities.com/varga_o_bruxo/epoet.htm
Alguns textos parnasianos. Comente-os, galera!
Sesta de Nero
Fulge de luz banhado, esplêndido e suntuoso,
O palácio imperial de pórfiro luzente
É marmor da Lacônia. O teto caprichoso
Mostra em prata incrustado, o nácar de Oriente.
Nero no trono ebúrneo estende-se indolente
Gemas em profusão no estágulo custoso
De ouro bordado vêem-se. O olhar deslumbra, ardente
Da púrpura da Trácia o brilho esplendoroso.
Formosa ancila canta. A aurilavrada lira
Em suas mãos soluça. Os ares perfumando,
Arde a mirra da Arábia em recendente pira.
Formas quebram, dançando, escravas em coréia.
E Nero dorme e sonha, a fronte reclinando
Nos alvos seios nus da lúbrica Pompéia."
(Olavo Bilac)
Vaso Grego
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de os deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas há de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se de antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.
(Alberto de Oliveira)
Mais informações sobre o Parnasianismo:
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/parnasianismo/parnasianismo.php
http://www.graudez.com.br/literatura/parnasianismo.html
Muito agradecido pelo post, os textos me ajudaram muito!
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