segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Textos Parnasianos - 2º Ano


As poesias parnasianas são muito conhecidas por sua forma de seguir os métodos clássicos de composição poética, como uma reação ao Romantismo.
Dessa forma, é interessante observar que a "arte pela arte", divulgada pelos ideais parnasianos apresenta a impessoalidade e o universalismo como característica recorrente.

Mas, será que vocês ainda lembram das regras de escansão, de rima, classificação de versos etc, que foi estudado durante o 1º ano?

Então, só pra reforçar um pouco a memória de vocês e para que estudem para um exercício em breve, lá vai:

1. As estrofes podem ser classificadas em: Monóstico, Dístico, Terceto, Quarteto, Quintilha, Sextilha, Sétima, Oitava, Nona e Décima. 2. Os versos podem apresentarem-se como: Monossílabos, Dissílabos, Trissílabos, Tetrassílabos, Redondilha menor, Heróico quebrado, Redondilha maior, Octossílabos, Eneassílabos, Decassílabos, Hendecassílabos e Alexandrinos. 3. Rima (quanto a posição): Externa e Interna. 4. Sons: Consoantes e Assonantes. 5. Rima (palavras rimadas): Rima rara, Rica rica ou Rima pobre.
Mais informações nesse site, super interessante:

http://br.geocities.com/varga_o_bruxo/epoet.htm


Alguns textos parnasianos. Comente-os, galera!

Sesta de Nero

Fulge de luz banhado, esplêndido e suntuoso,
O palácio imperial de pórfiro luzente
É marmor da Lacônia. O teto caprichoso
Mostra em prata incrustado, o nácar de Oriente.

Nero no trono ebúrneo estende-se indolente
Gemas em profusão no estágulo custoso
De ouro bordado vêem-se. O olhar deslumbra, ardente
Da púrpura da Trácia o brilho esplendoroso.

Formosa ancila canta. A aurilavrada lira
Em suas mãos soluça. Os ares perfumando,
Arde a mirra da Arábia em recendente pira.

Formas quebram, dançando, escravas em coréia.
E Nero dorme e sonha, a fronte reclinando
Nos alvos seios nus da lúbrica Pompéia."

(Olavo Bilac)


Vaso Grego


Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de os deuses servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

Era o poeta de Teos que a suspendia
Então e, ora repleta ora esvaziada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada.

Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e, do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas há de lhe ouvir, canora e doce,

Ignota voz, qual se de antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa a voz de Anacreonte fosse.

(Alberto de Oliveira)

Mais informações sobre o Parnasianismo:
http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/parnasianismo/parnasianismo.php

http://www.graudez.com.br/literatura/parnasianismo.html


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