sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Três palavras


Recebi essa crônica essa semana por e-mail, de Gorete Duarte, uma velha amiga ...
Li, reli, "treli" e voltei a ler e tentar perceber se realmente amo e sou amado.
Puxa, como as palavras tem um peso enorme em nossas vidas, que, em muitas situações, esquecemos e deixamos os atos de lado.
Quanto não diz um sorriso, um aperto de mão ... Tantas coisas, gestos passam despercebidos por falta de uma palavra!

"O cara diz que te ama, então tá! Ele te ama. Assunto encerrado. Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de quilômetros. A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você quando for preciso. Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás, e vê-lo(a) tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ele(a) fica triste quando você está triste, e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água. Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!"
(Arnaldo Jabor)

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